domingo, 25 de março de 2007

Secretário de educação do Rio anuncia a contratação de cinco mil professores

Em entrevista coletiva, o secretário estadual de educação, Nelson Maculan, anunciou que o governo do estado autorizou a contratação de professores para regularizar a rede pública de ensino do estado do Rio. Das cinco mil vagas anunciadas, 3.500 serão preenchidas com professores de 5º a 8º série e as demais por profissionais do ensino médio que fizeram concurso do ano de 2004. Já para as turmas de 1º a 4º série, serão chamados professores que fizeram o concurso de 2001, mesmo com o prazo estourado. Para fechar, mil profissionais que já estão na rede irão assumir as turmas de 5º a 8º série e, também, de Ensino Médio para repor as aulas. A validade dos contratos vai até dezembro de 2007.
Algumas matérias como Física e matemática estão sofrendo com ausência de professores. Não há em algumas regiões, mestres para lecionar essas matérias e, com isso, a secretaria pretende conseguir professores em bancos de dados, onde estes estejam dispostos a assinar contratos temporários. Através desse recurso, a secretaria pretende suprir mais essa necessidade.
Maculan, o anúncio, falou sobre a abertura de concursos públicos esse ano para disciplinas como Filosofia, Sociologia, Educação Artística e Química, e ainda para Matemática e Física. De acordo com o secretário, a folha mensal é de R$ 100,6 milhões, sendo que mais R$ 2,5 milhões serão destinados à contratação de professores. “Essas medidas vão nos dar uma visão melhor do quadro para que possamos pensar em um concurso, ainda este ano, para profissionais destas disciplinas sem docentes disponíveis. Para o segmento de 1ª a 4ª, teremos que analisar com mais calma, já que há um processo de municipalização em andamento”, disse Maculan.
O governador do Estado, Sérgio Cabral declarou que o secretário tem a total consciência que o ensino está passando por sérias dificuldades e que ele tomará as decisões necessárias.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Banheiro de escola se torna sala de aula

Está difícil manter a regularidade no sistema de educação no Rio de Janeiro. A cada dia vão sendo reveladas as dificuldades que o ensino público passa. O colégio estadual da vez é o Equador, no bairro de Vila Isabel. Alunos que estudam no turno da noite, nas classes de alfabetização e de 1º a 4º série, não têm salas disponíveis. O jeito então é improvisar e tornar os banheiros, quadra de esporte, corredores e refeitórios em áreas de estudo.
Não há infra-estrutura para atender as cinco turmas de educação para esses jovens e adultos que querem aprender a ler e escrever. As carteiras das classes de alfabetização são pequenas, apenas para as crianças, e as salas de aulas já estão ocupadas pelos alunos do ensino médio. Com isso, as turmas que assistem aulas nos banheiros, têm alunos espremidos entre vasos sanitários, pias, chuveiros e as cadeiras que eles levam até o local. Na falta de equipamentos, os estudantes apóiam-se em pedaços de madeiras. O banheiro mede um pouco mais de 10 metros quadrados e não há ventilação.
Sem material como mesa e quadro negro, muitos professores se recusam a levar seus alunos para assistirem aulas em lugares que não são preparados para isso.
O maior desafio dos professores está em manter os estudantes, que têm acima de 50 anos, se esforçando em aprender, mesmo diante dessas adversidades. De acordo com os profissionais que lecionam nessas turmas, a tendência é que não haja um bom rendimento. Um dos alunos, o aposentado Aluíso Mota, de 61 anos, afirma que é difícil estudar com essas condições, mas nem por isso ele pensa em desistir.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Rede de ensino em municípios da Baixada sofrem com desorganização

Está cada vez mais difícil aprender na rede pública estadual do Rio de Janeiro. Além da ausência de professores nas salas de aula, a nova dificuldade enfrentada pelos alunos é o pouco espaço físico. A prova de mais uma situação desgastante para o ensino publico está no município de Duque de Caxias. O Colégio estadual Minas Gerais, no bairro de Jardim Primavera, tem em sua única turma de 3º ano do ensino médio, 98 alunos matriculados em situação regular. Esses alunos têm que se dispor em 53 metros quadrados - algo impossível numa sala que tem a capacidade para 50 alunos, sem incluir a presença do professor.
Uma triste realidade. Para conseguirem assistir às aulas sentados, os estudantes têm que chegar cedo e entrar correndo. Caso não consigam, os alunos se colocam onde tiver espaço, incluindo a parte da frente, próxima ao quadro negro, ou na parte de trás da sala. Contudo, não pense que os alunos que conseguiram lugares estão em melhor situação que os outros. As carteiras estão em péssimo estado, obrigando-os a apoiar livros e cadernos em seus colos.
Professores e estudantes mostram descontentamento com a pouca infra-estrutura. Falta de ventiladores, desgaste físico e a ausência de motivação são os itens que encabeçam a lista das queixas. De acordo com o assessor especial do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ), Canagé Vilhena, o espaço mínimo recomendado é de um metro quadrado por aluno.
A escola mandou dois ofícios para a secretaria estadual de educação relatando sobre a superlotação e falta de carteiras. Como solução, a secretaria sugeriu que transformasse a sala dos professores em sala de aula. Já com relação às carteiras, alegou não ter recebido nenhum comunicado.
Também passam por situação desagradável os estudantes da Escola Municipal Professora Célia, no município de Japeri, Baixada Fluminense. Por causa de reformas e ampliações, os alunos são submetidos a assistirem as aulas apenas três vezes por semana. Com isso, houve redução de carga horária dos turnos, que antes eram de 4 horas e agora passaram para 3 horas e meia. Os intervalos passaram a ser de 10 minutos ao invés de 35. Outro fator importante a ser mencionado é que, três das 11 salas disponíveis, não estão sendo utilizadas. A quantidade de salas é referente ao atendimento do pré-escolar, do ensino fundamental, ensino médio e educação para jovens e adultos. A secretária municipal de educação de Japeri, Miriam Paz, declarou que a obra será concluída em 4 meses e a escola terá uma melhor infra-estrutura e materiais pedagógicos.

sexta-feira, 16 de março de 2007

PROUNI LANÇA O CALENDÁRIO DO 1º SEMESTRE

O MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta semana, as datas para as Universidades particulares informarem aos estudantes, bolsistas pelo PROUNI, o número de alunos, os cursos em que estão matriculados, freqüência, aproveitamento acadêmico, desistência e conclusão das bolsas. O prazo para informar ao MEC termina no dia 6 de abril.
Caso as universidades queiram continuar participando do programa, ou se houver interesse de outras instituições, as inscrições começarão no dia 11 de abril e será equivalente às vagas abertas para o segundo semestre de 2007. Os alunos interessados em concorrer a uma bolsa para a segunda metade do ano, deverão começar a inscrever-se a partir do dia 23 de maio.
Os critérios básicos para os estudantes poderem ingressar na faculdade, de forma integral, pelo PROUNI são:

  • Ter feito o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2006.
  • Ter cursado todo o ensino médio em escolas da rede pública ou ter sido bolsista integral da rede particular.
  • A renda familiar deve ser de, no máximo, um salário mínimo e meio, o que corresponde a R$525,00.

Para concorrer à bolsa parcial (50%), os mesmos critérios serão mantidos, mas renda poderá ser ser de até três salários mínimos (R$ 1.050,00).